A arte homenageia as ARTES

As salas do Trono e da Música, do Palácio Nacional de Queluz, foram os cenários perfeitos para darem a conhecer a coleção de FW 23-24 de Fátima Lopes, e também um momento especial para homenagear dois nomes importantes do entretenimento português: Simone de Oliveira e Ruy de Carvalho, rodeados por cerca de 500 convidados, entre eles o (ainda) Ministro da Cultura Pedro Adão e Silva

Texto de Catarina Vasques Rito

O nome Fátima Lopes é um dos que mais atrai a atenção do público, quer pelos que gostam de moda quer pelos que não se consideram verdadeiros seguidores de tendências, mas que apreciam ver os seus desfiles. Por vezes confundida com a Fátima Lopes, apresentadora de televisão, qualquer semelhança entre elas é pura coincidência. Fátima Lopes, designer de moda ou estilista, ambas as terminologias estão corretas, havendo diferenças, mas que neste contexto não é fundamental explicá-las para não confundir quem lê ou confundir quem lê e acha que sabe sobre moda, é natural do Funchal e muito cedo percebeu que a "moda era o destino". O nome desta profissional começa a chamar a atenção nos anos 90, uma das poucas portuguesas designers de moda que abre loja em Paris, a primeira a entrar no calendário oficial da Semana de Moda de Pronto-a-Vestir de Paris, a sua marca desde cedo que se associa a distintos projetos de áreas diversas, mas complementares da moda. E durante cerca de duas décadas foi presença regular no Portugal Fashion.

A marca celebrou 30 anos em 2022 e Fátima Lopes quer "continuar a fazer mais e melhor, consciente de que a fasquia da exigência não diminui, aumenta", como explica a própria ao site Vidas com Estilo. Em meados de Novembro deu a conhecer a coleção FW 23-24 num dos mais belos espaços da Grande Lisboa, o Palácio Nacional de Queluz, rodeada por cerca de 500 convidados, alguns deles muito especiais. "Quando estava a desenhar e a pensar nesta coleção, fortemente inspirada pelo palácio, um espaço de extrema beleza, imponência, história, percebi que a Arte ou as Artes portuguesas seriam o tema de fundo. A coleção chama-se Alma d'Arte, e os nomes que vieram imediatamente à cabeça foram os do Ruy (de Carvalho), por quem nutro um amor muito grande pela pessoa que é e pela forma como trabalha a sua arte, e Simone de Oliveira por motivos idênticos, uma mulher extraordinária e uma artista incomparável", explica Fátima Lopes.

Nesta coleção o ADN da marca está patente, numa abordagem mais sofistica e imponente, elegante, "como o espaço em que foi apresentada".

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